quarta-feira, 17 de novembro de 2010 | By: Thaye Andrade

O que é a caverna nos dias de hoje?

Analisando a obra de Platão, percebe-se alienação da parte dos moradores da caverna. Trazendo o mito para os dias de hoje, pode fazer diversas relações com a mídia, com a sociedade, ou até mesmo nossa própria cabeça, que nos permite fazer uma analogia entre o mundo real e o virtual. 


                                                                                            Fonte: Cubuz

A mídia hoje em dia, não tem mais aquele papel de controlar a massa mas tem o poder de lançar cargas de influências sobre as pessoas e cabe a elas, decidir se vai segui-las ou não. Entra aí a questão da alienação, da ignorância e do comodismo de cada um. 
A caverna pode ser a cabeça não pensante. A cabeça que só pensa nas roupas novas, no último modelo daquele carro tão desejado, do próximo capítulo da novela ou no último programa de tv que assistiu (Analisando dessa forma, a sociedade, a vida e os costumes servem para restringir os horizontes).
A ignorância e o comodismo andam juntos, e são esses estados que diferem cada prisioneiro. São poucos aqueles que conseguem se libertar dos padrões estabelecidos, até porque é muito mais fácil ficar acomodado e acatar os valores impostos pela sociedade.

Na verdade, cada um tem a sua caverna. 
Cada ser humano tem uma característica e conseqüentemente uma maneira de pensar e agir. Seja por causa de conceitos, crenças ou preconceitos, em grande parte das situações as pessoas se acorrentam naquilo em que tomam para si como verdade. Que um dia, saiam da caverna aqueles que tenham força e que a princípio, se permitam à liberdade.
terça-feira, 16 de novembro de 2010 | By: Thaye Andrade

A realidade dividida entre dois mundos

                                            Fonte: Estetas da Moda


O mito ou “alegoria” da caverna é uma das passagens mais clássicas da história da Filosofia, sendo parte constituinte do livro VI de “A República” onde Platão discute sobre teoria do conhecimento, linguagem e educação na formação do Estado ideal.
Seguindo  as idéias de Platão, fica explícito que a realidade está dividida em duas partes: 

A primeira é o nosso mundo irreal; cheio de idéias imperfeitas (forma, cor, leis). Todas cópias da matriz, aquele mundo que domina todos de forma arrogante, usando os nossos sentidos para nos enganar. Nós estamos presos em um mundo sensível (porque nunca vemos, ouvimos, cheiramos e andamos) mas não sabemos disso.
Já o outro é onde tem o sol que projeta a luz para o outro mundo, onde tem a matriz das idéias perfeitas, a realidade e os objetos são 3D (profundidade, altura e largura).

Uma visão diferente

Caverna de Platão
Andarilhos da Tempestade
Composição: Walter / Willian


Sigo o caminho, converso com as estrelas;
Deito na lua, o hemisfério me atrai;


Acordo, ainda estou na caverna;
De pés e mãos atados, e de costas para a luz;


De outro lado estão eles, cegos e imóveis;
Isentos da realidade, numa pseudo-existência.


Visões de um cego, palavras ao vento
Sistema falido, e o tempo passado
E nada vivido, dormindo ao relento
Um ser sem ego...


Na caverna de Platão,
É a caverna de Platão,
Na caverna de Platão,
É a caverna de Platão,


Essa é pra aqueles que achavam que ainda estavam vivos! 


Andarilhos da Tempestade - Caverna de Platão

A música da banda "Andarilhos da tempestade" confirma a relação feita anteriormente entre o passado e o presente, principalmente na seguinte passagem:



"Visões de um cego, palavras ao vento
Sistema falido, e o tempo passado
E nada vivido, dormindo ao relento
Um ser sem ego..."

Esse trecho nos leva a analisar de forma cada vez mais profunda a nossa existência e forma de encarar, ver o mundo. Platão nos apresentou um mundo sensível (o das aparências) e um mundo inteligível. Segundo essa passagem e as próprias idéias de Platão, há uma ilusão característica de nossa primeira abordagem do real e o que nos engana é, inicialmente, nós mesmos. Deformamos o real porque o apreendemos espontaneamente através de nossas impressões sensíveis, de nossos desejos, nossas paixões, nossos interesses, nossos hábitos, através de tudo aquilo que nos limita nesse reino de ilusões, em que, debilitados para ver os objetos, cujas sombras não passam de sombras, ignoramos que elas são sombras e as tomamos por realidade.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010 | By: Thaye Andrade

A visão da vida diante a contraposição de dois mundos: O efetivo x o imaginário

A tirinha “As sombras da vida” de Maurício de Souza foi escolhida por demonstrar de forma bastante objetiva o pensamento do filósofo Platão, no que diz respeito ao mito da caverna, onde Platão tentou demonstrar a cegueira dos homens diante de um mundo de aparências através de uma história: “Homens estão presos por argolas no fundo de uma caverna escura, sempre viveram ali. Por trás deles, um fogo arde, a certa distância, irradiando uma luz que se projeta no interior da caverna. Nas paredes, formas humanas, formas que se movem. Os homens que estão no interior da caverna pensam que o vêem é a realidade. Mas não é, eles vêem apenas suas próprias sombras. Pensam assim porque não conhecem outro mundo.” Com essa alegoria ele compara a caverna com o mundo sensível onde vivemos, nos levando a fazer uma relação entre 385-380 a.C (época em que foi escrito o mito da caverna) com os dias atuais, mostrando o quão é muito mais cômodo para todos nós apenas receber e aceitar tudo o que nos é mostrado como se fosse realmente verdade. Com isso passamos a ter idéias errôneas a respeito do que está a nossa volta, nos levando à manipulação, mesmo que muitas vez sem percebermos, imaginando um mundo diferente do real. Ao aceitarmos essa condição, perdemos o direito de saber da verdade e o único jeito de alcançá-la é buscarmos dentro de nós mesmos, libertar-nos da influência que aceitamos sofrer, assim como os prisioneiros do mito, ao sair da caverna e encontrar, então a luz, e sermos capazes de acreditar e conhecer o verdadeiro mundo. 








Fonte: admoreno.com.br